2011

Na sequência das actividades do projecto Mediss  (co-financiado pelo Programa MED/FEDER), a ADCMoura, o Monte do Menir e a Quinta Essência organizaram um encontro de produtores de Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM), que decorreu em Safara, no Centro de Artesanato e Cultura, no dia 26 de Fevereiro.

Esta reunião, que contou com cerca de quatro dezenas de participantes, serviu, por um lado, para divulgar os resultados do encontro de produtores portugueses realizado em França no passado mês de Novembro e os resultados da participação de produtores portugueses na última edição da BIOFACH, em Nuremberga, (trata-se do maior certame mundial de produtos biológicos) e, por outro lado, para apresentar a ideia de criação de uma Unidade Multifuncional ligada à produção de PAM, integrando logística, transformação e serviços, e ainda o projecto de criação de uma organização formal de produtores e outros profissionais ligados às PAM. Durante a sessão foi ainda abordado, por um casal de participantes, o caso dos citrinos e a sua inclusão na família das plantas aromáticas e medicinais.

Relativamente às principais conclusões do encontro, deve ser realçado, em primeiro lugar, que se tratou de uma boa oportunidade para conhecer outros projectos e pessoas ligados ao tema, em ambiente informal que foi considerado adequado. Depois, que a produção de PAM não é uma actividade fácil, ou seja, é necessário um investimento inicial elevado, uma prévia experimentação de produção de diversas plantas no local de futura exploração, um prévio conhecimento de alguns mercados (a BIOFACH é um excelente local para obtenção de informações) e uma predisposição para permanentes reajustamentos da produção face às necessidades do mercado, o que implica grande abertura à mudança e à inovação.

Por outro lado, não é possível obter, de antemão, os preços a que se comercializará os produtos, nem obter qualquer compromisso de negócio, a priori, por parte dos potenciais compradores (abordagens exploratórias, com este objectivo, têm um efeito negativo; é preciso apresentar amostras dos produtos).

Concluiu-se também que há interesse na organização da oferta (no caso, em modo biológico), no sentido de poder prover a encomendas em maiores quantidades, mas igualmente com vista à homogeneização da qualidade (de topo) dos produtos vendidos

Ficou também demonstrado o interesse em criar uma associação de produtores de PAM, nomeadamente para efeitos de representação do sector junto dos poderes públicos e em projectos, e que este processo se desenvolverá a partir de um grupo de trabalho restrito, entretanto constituído.

Por último, considerou-se que a existência de uma unidade logística de apoio aos produtores se reveste de grande importância, devendo continuar-se a aprofundar o trabalho já iniciado de levantamento de informações relativas a orçamentos, natureza dos equipamentos e serviços a disponibilizar, localização, etc.

2011

Orientada por Natália e Vera Bruno, o Centro de Artesanato e Cultura recebeu a Oficina de Tinturaria Natural no dia 27 de Abril.

Tingir com cores extraídas de plantas continua a exercer um fascínio para quem pratica o hobby da tinturaria natural.

Até ao aparecimento dos corantes químicos, raízes, cascas, flores e folhas eram a principal fonte de corante. As cores obtidas são suaves e cheias de beleza lustrosa das próprias plantas, plantas essas que podem ser apanhadas no campo ou cultivadas no jardim.

PROGRAMA

Componente Teórica

-Introdução histórica-Explicação do processo

Componente Prática

-Preparação da fibra-Extracção da cor

-Tingimento

-Tratamento final

2011

Entre 7 de Junho e 27 de Julho, decorreu no Centro de Artesanato e Cultura de Safara a acção de Formação Gestão de um Pequeno Negócio, inserida no curso Empreender à Medida, no âmbito do Programa Operacional Potencial Humano, Medida 6.1– Formação para a Inserção.

Esta acção surge na sequência de uma outra dedicada à Produção e Recolha de Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM) e de Outros Recursos Silvestres, visando a mobilização e o aumento das competências empreendedoras de doze formandos em situação de desfavorecimento, provenientes de Safara, Amareleja e Santo Aleixo da Restauração, dotando-os de competências básicas de gestão de um negócio, de tal modo que se concretizem em projectos de auto-emprego naquela área ou em outras áreas de actividade.

Em termos específicos, pretendeu-se com esta formação apoiar os formandos nas várias fases do processo empreendedor: desde a análise das motivações e predisposição para empreender até à construção e teste de um Mini-Plano de Negócios, passando pelo desenvolvimento e viabilidade da ideia inicial.

Esta formação incluiu ainda acções de acompanhamento individualizado, por técnicos especialistas no apoio à criação de empresas, com vista à consolidação do projecto empresarial e à identificação das melhores soluções de financiamento e de instalação.

Serão abordadas durante a acção, além das temáticas inerentes ao processo de criação de empresas, mercado, marketing, financiamento, viabilidade (de mercado, técnica e financeira), plano de negócios, recursos humanos -,também as temáticas relacionadas com a consolidação da empresa – inovação e criatividade, qualidade e ambiente, responsabilidade social e ainda módulos direccionados para actividades práticas como a fiscalidade e a documentação comercial.

Os Mini-Planos de Negócios apresentados pelos formandos, que constituiu o culminar do processo formativo e deve beneficiar do trabalho interdisciplinar desenvolvido, foram apreciados e validados por um painel de avaliadores externos convidados, a quem competiu a tarefa de avaliação e de definição de recomendações e sugestões de melhoria.